Taxas futuras de juros oscilam em baixa com exterior e IPCA abaixo do esperado
As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam em queda na manhã desta terça-feira, 10, com maior intensidade nos vencimentos intermediários e longos. Segundo Cristiane Quartaroli economista-chefe do Ouribank, o mercado brasileiro se beneficia de questões internas e externas.
"A primeira delas tem a ver com o cenário internacional e com esse aperto de mãos entre EUA e China, que acaba melhorando o apetite ao risco de forma geral e favorece as moedas emergentes. No Brasil tivemos o IPCA, que veio abaixo do que o mercado esperava. Foi um resultado positivo, mas a inflação continua acima da meta", diz a economista.
Para Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, a terça-feira é um dia de menor pressão no mercado de juros, depois do estresse nas últimas sessões, com as atenções voltadas ao fiscal.
"O fiscal aqui é um copo meio cheio e meio vazio, uma sensação estranha. É positivo no sentido de que déficit vai ficando menor, com IOF e medidas anunciadas. Mas segue ando a ideia de improviso e despreparo pra fazer medidas de maior impacto", afirma o profissional.
Para ele, a alta de 0,26% do IPCA de maio, que ficou no piso das estimativas do mercado, não interfere na reunião de política monetária do Banco Central, que ocorre na próxima semana, uma vez que o BC não leva em conta a inflação corrente para elaborar seu plano de voo. "Não é uma peça importante na política monetária, mas pelo menos não piora o quadro", afirma.
Às 11h24, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) tinha taxa de 14,820%, ante 14,873% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 projetava 14,110%, ante 14,220% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2029 estava em 13,54%, contra 13,49%.