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Empresário morto em Interlagos pode ter sido agredido, aponta investigação

O empresário Adalberto Junior, 35, encontrado morto em um buraco numa área em obras no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo - Reprodução/Junior no Facebook
O empresário Adalberto Junior, 35, encontrado morto em um buraco numa área em obras no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo Imagem: Reprodução/Junior no Facebook
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

13/06/2025 14h44

O empresário Adalberto Amarillo dos Santos Junior, 35, encontrado morto no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, pode ter sido agredido ao entrar em uma área restrita do local, segundo uma das principais linhas de investigação do caso.

O que aconteceu

Empresário morreu por asfixia decorrente de compressão torácica, apontam laudos iniciais da investigação. Seu corpo foi encontrado com sinais de escoriações em um buraco de obras próximo ao kartódromo de Interlagos. Desde então, a Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos oficiais de exames para confirmar as circunstâncias da morte.

Adalberto pode ter sido agredido por entrar em área restrita do autódromo, aponta uma das principais linhas de investigação. É o que informou ao UOL uma fonte ligada à SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), que ressaltou que ainda não é possível cravar que agressões teriam causado a morte do empresário.

Corpo foi encontrado com "vermelhidões na região do pescoço", afirmou a mesma fonte da SSP. Ainda não se sabe, porém, se os sinais decorreram de possíveis agressões ou do período em que o empresário ficou preso no buraco.

Não é descartada a possibilidade de Adalberto ter sido vítima de um 'mata-leão'. Segundo apurou o Estadão, a hipótese do golpe foi levantada a partir dos laudos iniciais do corpo da vítima, que indicaram asfixia por compressão torácica como causa da morte.

Além de familiares do empresário, cinco seguranças que atuaram no evento na data do desaparecimento também prestaram depoimentos à polícia na última semana. Segundo a SSP, a coleta dos depoimentos busca esclarecer a dinâmica dos acontecimentos na noite em que o empresário foi morto. A pasta não confirmou, porém, se os funcionários foram ouvidos como suspeitos.

Perícia encontrou sangue no carro do empresário que estava estacionado no autódromo. Foram solicitados exames para comparação genética e confirmação de que o material biológico encontrado seria de Adalberto. Quando seu corpo foi retirado do buraco, não haviam marcas evidentes de sangue, fraturas ou traumas, apenas escoriações genéricas.

IML ainda aguarda resultado de exames que podem indicar sinais de luta corporal. O corpo do empresário ou por análises toxicológica, anatomopatológica e subungueal, que analisa materiais encontrados sob as unhas, como detritos, pele e sangue, mas os laudos dos exames ainda não saíram.

Equipe de investigação esteve no autódromo no último dia 10, acompanhada de funcionários da segurança, para traçar possíveis caminhos percorridos pela vítima. A polícia fez croquis do local para mapear o percurso, que inclui os pontos onde acontecia o evento, o local onde o carro do empresário estava estacionado e o buraco em que o corpo foi achado (veja abaixo).

Polícia Civil produziu croquis do local para mapear percurso do empresário em Interlagos - Cedido ao UOL / SSP-SP - Cedido ao UOL / SSP-SP
Polícia Civil produziu croquis do local para mapear percurso do empresário em Interlagos
Imagem: Cedido ao UOL / SSP-SP

Relembre o caso

Empresário havia desaparecido no último dia 30, uma sexta-feira, após ir a um evento de motos no Autódromo de Interlagos. Pelas redes sociais, familiares de Adalberto e internautas pediam que informações sobre o seu paradeiro fossem enviadas para a companheira dele, a farmacêutica Fernanda Dandalo, por meio de seu perfil no Instagram.

Último contato do empresário com a esposa foi no mesmo dia, por volta das 20 horas. Imagens das câmeras de segurança registraram Adalberto chegando sozinho ao evento do autódromo. Não foram achadas ainda imagens dele saindo do local.

Corpo foi encontrado no buraco de obras da prefeitura na manhã de 3 de junho. Desde então, a polícia tenta elucidar o caso.

Adalberto se apresentava nas redes sociais como empreendedor. Ele trabalhava em uma ótica, que possui unidades em Osasco e em Barueri, na Grande São Paulo.

*Com Estadão

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