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China pede construção de consenso com os EUA após discussões comerciais "francas"

11/06/2025 07h56

PEQUIM (Reuters) - O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, disse que a China e os Estados Unidos devem fortalecer o consenso e manter a comunicação, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta quarta-feira, depois que os dois países concordaram em retomar uma delicada trégua comercial.

Autoridades dos EUA e da China, incluindo He, concluíram dois dias de negociações em Londres na terça-feira para resolver questões comerciais importantes na guerra tarifária das duas superpotências, incluindo uma série de medidas de controle de exportação que prejudicaram a cadeia global de oferta.

Os dois lados devem usar seu mecanismo de consulta para "construir consenso, reduzir mal-entendidos e fortalecer a cooperação", disse ele à Xinhua, descrevendo as conversas como francas e profundas.

A China e os EUA devem assegurar os resultados duramente conquistados em seu diálogo e pressionar por laços comerciais e econômicos bilaterais estáveis e de longo prazo, disse He.

A posição da China em relação às questões comerciais com os EUA é clara e consistente, disse ele, reiterando que o país é sincero nas consultas comerciais e econômicas, mas tem seus princípios.

Pequim e Washington, depois de estabelecerem uma trégua de 90 dias em Genebra no mês ado, suspenderam a maior parte das tarifas de três dígitos que haviam aplicado aos produtos um do outro. Mas os laços bilaterais continuam tensos em relação a questões comerciais não resolvidas, como os controles de exportação de terras raras da China e as restrições dos EUA às exportações relacionadas a chips.

As negociações em Londres ocorreram após uma rara ligação telefônica entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente norte-americano Donald Trump na quinta-feira.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, que representou os EUA em Londres, disse que o novo acordo removerá as restrições sobre as exportações chinesas de minerais e ímãs de terras raras e algumas das recentes restrições de exportação dos EUA "de forma equilibrada", sem fornecer mais detalhes.

As duas equipes de negociação apresentarão os planos aos seus respectivos presidentes para aprovação, disse Lutnick.

(Reportagem de Yukun Zhang e Liz Lee)

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