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Polícia indicia 5 pela morte de aluna que caiu de prédio da academia no RS

Unidade da academia Motivida no bairro São Caetano em Caxias do Sul  - Reprodução / Google Street View
Unidade da academia Motivida no bairro São Caetano em Caxias do Sul Imagem: Reprodução / Google Street View
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/06/2025 14h45

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o inquérito sobre a morte de uma aluna que caiu do segundo andar de uma academia, em Caxias do Sul, e indiciou cinco pessoas por homicídio culposo - quando não há intenção de matar.

O que aconteceu

Foram indiciados o proprietário da academia, o arquiteto responsável pela construção do prédio e três agentes públicos municipais. A identidade deles não foi informada pela polícia. Em março, Denise de Oliveira, 45, fazia exercício em um aparelho chamado graviton quando se desequilibrou, chocou-se contra uma janela de vidro e foi projetada para fora do edifício.

Necropsia não apontou o que fez a mulher se desequilibrar. Segundo a polícia, não é possível identificar se uma tontura ou um turvamento visual provocaram o desequilíbrio, devido à falta de ''vestígios'' deixados. Um exame de sangue, no entanto, mostrará se a vítima fazia uso de medicamentos na época do acidente.

Vidros usados no segundo andar não atendiam às exigências técnicas. O material, que possuía espessura de 4 milímetros, era inadequado e não oferecia resistência em caso de choques ou pancadas, mostrou a perícia.

Além disso, o aparelho de musculação estava ''demasiadamente'' perto do vidro, a 70 centímetros de distância. Os investigadores identificaram que o arquiteto que fez a elaboração do projeto também foi responsável pela execução da obra, informou o delegado Edinei Albarello ao UOL.

Mesmo com falhas, construção predial recebeu autorização do município. O projeto, na época, foi encaminhado para análise e o servidor público encarregado concedeu licença para início das obras. Depois, com a conclusão, outros dois funcionários fizeram a fiscalização e emitiram alvará para o uso.

Relembre o caso

A aluna fazia exercício em um aparelho chamado ''Graviton'', em uma unidade da rede Motivida no bairro São Caetano. A mulher estaria agachada em frente ao aparelho quando se desequilibrou, caiu para trás e bateu em uma janela de vidro.

Vidro quebrou com o impacto do corpo da vítima, que morreu no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, quando a equipe chegou, ela ainda estava suspensa por uma grade e sofria uma parada cardiorrespiratória. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentou reanimá-la, mas a mulher não sobreviveu.

Academia publicou uma nota de pesar nas redes sociais. A Motivida disse que sempre teve como prioridade a segurança e o bem-estar de seus alunos, e que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.

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