Itamaraty condena ataque de Israel ao Irã e fala em risco mundial

O Itamaraty condenou hoje o ataque de Israel ao Irã nesta madrugada e atentou para um risco global.
O que aconteceu
O governo brasileiro chamou a ofensiva de "uma clara violação à soberania desse país e ao direito internacional". "Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial", diz a nota.
O Estado brasileiro diz ainda acompanhar a ofensiva "com forte preocupação". Os ataques foram feitos de madrugada, em ação que Israel chamou de "ataque preventivo" contra a "ameaça iminente", e matou dois líderes militares do Irã. O país respondeu com o envio de mais de cem drones.
O presidente Lula (PT) não se pronunciou. Ele tem sido uma das vozes internacionais mais críticas a Israel em meio ao conflito. Desde o início, o presidente brasileiro tem chamado as ações do governo israelense de "genocídio" e questionado o premiê Benjamin Netanyahu.
Na semana ada, ele chorou ao falar da situação na Faixa de Gaza. "São seres humanos como todos nós. Estamos vendo um genocídio na nossa cara todo santo dia", disse, durante viagem à França.
Como resposta, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) acusou Lula de atacar os judeus. Para a organização, as falas "provocam um aumento imediato de ataques contra os judeus e Israel nas redes sociais brasileiras, alimentando o antissemitismo que o presidente minimiza como vitimismo e pondo em risco a comunidade judaica brasileira".