Taxas futuras de juros apagam baixas e oscilam perto da estabilidade
As taxas de juros negociadas no mercado futuro iniciaram a quinta-feira, 12, em baixa, mas reduziram o ritmo e aram a oscilar próximas dos ajustes da quarta-feira, já com viés de alta. Embora os juros dos Treasuries registrem queda firme em toda a curva, o dólar hesita e a cautela domina o investidor, que monitora os os do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em busca de apoio para fazer avançar no Congresso a medida provisória publicada ontem, em alternativa à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Nesse cenário de incertezas, o mercado mantém como majoritárias as apostas para mais uma elevação da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem.
"Não vejo justificativas técnicas para uma elevação de mais 0,25 ponto porcentual. Tivemos nas últimas semanas queda do dólar e redução dos preços da gasolina, fatores de impacto positivo na composição do IPCA. E uma nova alta vai penalizar mais as empresas", afirma José Raymundo Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos.
Quanto ao pacote de medidas oficializado ontem, ele afirma que a expectativa agora é saber como e quando o Congresso irá votar a matéria, levando em conta que o recesso parlamentar de julho se aproxima.
Às 11h40, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 tinha taxa de 14,895%, contra 14,881% do ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2027 projetava 14,245%, contra 14,212% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2029 estava em 13,57%, na máxima do dia, ante 13,54% de ontem.