México recusou a entrada de 69 colombianos como parte do combate ao narcotráfico
O México impediu, nas últimas semanas, a entrada no país de 69 colombianos, dos quais "alguns" reconheceram que foram recrutados por gangues de tráfico de drogas mexicanas, informou a Secretaria de Segurança nesta terça-feira (10).
Após a captura, no final de maio, de doze colombianos, nove deles ex-militares, que estariam vinculados a um grupo criminoso no estado de Michoacán (oeste), o governo mexicano estabeleceu um mecanismo com a Colômbia para trocar informações na área de segurança.
As detenções expam a crescente participação de ex-militares estrangeiros, particularmente da Colômbia, nos cartéis mexicanos.
"Em coordenação com as autoridades da Colômbia, 69 pessoas foram devolvidas ao seu país (...). Algumas, nas entrevistas (de ingresso migratório), mencionavam que haviam sido cooptadas por algum grupo criminoso", disse Omar García Harfuch, secretário de Segurança, na coletiva presidencial matinal.
Sem detalhar números, ele disse que a maioria itiu vínculos com o poderoso cartel Jalisco Nueva Generación e outros com o cartel de Sinaloa.
Ambas organizações criminosas, que disputam o controle das rotas do tráfico, foram designadas como "organizações terroristas estrangeiras" pelo governo dos Estados Unidos em fevereiro, juntamente com outros quatro cartéis mexicanos.
Os doze colombianos foram presos em uma operação do Exército mexicano após uma explosão em que morreram seis guardas nacionais destacados em Michoacán.
Nove são ex-militares e os outros três reconheceram ter treinamento no uso de armas, mas não há elementos para determinar se têm vínculos com alguma guerrilha, detalhou.
O funcionário também explicou que o principal ponto de entrada é o aeroporto internacional da Cidade do México, onde, ao chegarem, são submetidos a entrevistas de caráter migratório. Se necessário, as informações são compartilhadas com a Colômbia.
Em outubro de 2023, a Secretaria de Segurança Pública de Michoacán reportou o desmantelamento de uma "célula colombiana" dedicada à "fabricação de explosivos com drones".
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