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Rússia diz ter tomando mais território no centro-leste da Ucrânia, criando "zona de proteção"

09/06/2025 08h59

MOSCOU (Reuters) - A Rússia afirmou nesta segunda-feira que suas forças assumiram o controle de mais território na região centro-leste da Ucrânia, em Dnipropetrovsk, onde o Kremlin disse que os combates visam, em parte, à criação de uma "zona de proteção".

De acordo com a mídia estatal, o Ministério da Defesa disse que as tropas russas "continuaram a avançar nas profundezas da defesa do inimigo" e aumentaram a área do território em Dnipropetrovsk que controlavam.

A Reuters não pôde confirmar de forma independente o relato do campo de batalha. A Ucrânia afirmou no fim de semana que suas forças estavam mantendo a parte do front perto da fronteira leste de Dnipropetrovsk.

Perguntado se a Rússia estava tentando criar uma zona de proteção ao avançar em Dnipropetrovsk, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos repórteres: "Sem dúvida, isso faz parte do processo".

A ofensiva russa nessa região é notável porque Dnipropetrovsk não é uma das cinco regiões da Ucrânia -- incluindo a Crimeia e quatro áreas no sul e no leste do país -- que a Rússia reivindicou anteriormente como parte de seu próprio território.

O Instituto para o Estudo da Guerra, sediado nos EUA, disse que o objetivo de uma investida russa em Dnipropetrovsk poderia ser o de cortar as linhas de comunicação e abastecimento da Ucrânia para suas tropas na região de Donetsk, mais a leste.

Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, declarou no fim de semana que a ofensiva de Dnipropetrovsk mostrou que, se a Ucrânia não quiser aceitar a realidade dos ganhos territoriais da Rússia nas negociações de paz, as forças de Moscou avançariam ainda mais no terreno.

Rússia e Ucrânia renovaram as negociações de paz na Turquia no mês ado, após um intervalo de mais de três anos, mas o conflito se intensificou de facto nas últimas semanas.

A Rússia avançou no campo de batalha e realizou alguns de seus ataques aéreos mais pesados da guerra, enquanto a Ucrânia realizou uma operação audaciosa nas profundezas da Rússia em 1º de junho, que causou sérios danos à frota de aviões bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear de Moscou.

(Reportagem de Dmitry Antonov e Reuters em Moscou)

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