Copa para todos? Tensão e dúvidas pairam sobre EUA a um ano do Mundial

Restam exatos 365 dias para o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2026, e algumas incertezas políticas envolvendo os EUA, um dos três países que vão sediar o torneio, trazem tensão e dúvidas aos torcedores.
Copa para todos?
Donald Trump apertou o cerco para estrangeiros e proibiu a entrada de cidadãos de 12 países nos EUA. As exceções são para quem detém visto válido e já está na região, quem possui visto permanente e quem tem dupla nacionalidade.
A medida ou a vigorar na madrugada de anteontem e, segundo o presidente, foi criada para "proteger a nação de atos terroristas". O imbróglio ganhou corpo nos últimos dias, quando o republicano ordenou o envio de 700 fuzileiros navais para Los Angeles. O motivo? Confrontos entre agentes do serviço federal de imigração e manifestantes contra a política de deportação em massa.
O Irã, já classificado para a Copa, é um dos afetados. O veto não impede a participação da seleção asiática no mundial graças a um decreto, mas bloqueia a entrada de qualquer torcedor em solo norte-americano.
Haiti e Sudão são outros que podem ter problemas. Os dois mantêm boas chances de classificação em suas respectivas Eliminatórias e também têm cidadãos nativos barrados por Trump. A Venezuela, por outro lado, está enquadrada em restrições parciais.
O vice-presidente JD Vance garantiu, no mês ado, que todos seriam bem-vindos durante a Copa — sem detalhar, no entanto, possíveis mudanças nas atuais regras e reforçando a necessidade de saída assim que o torneio acabar.
Queremos que eles venham, se divirtam e assistam aos jogos. Mas quando a Copa acabar, eles terão que ir embora JD Vance, vice-presidente dos EUA
A tensão se expandiu recentemente para México e Canadá, que também receberão jogos do mundial — juntos, eles somam cinco das 16 sedes escolhidas pela Fifa.
Trump decidiu taxar em 25% os produtos importados dos dois vizinhos logo depois de tomar posse. No caso do Canadá, aliás, o presidente não escondeu o desejo de tornar a nação um "51º estado" dos EUA.
E o Brasil? E a Fifa?
Não há qualquer medida, ao menos por enquanto, que proíba a entrada de brasileiros com visto válido nos EUA.
Há, inclusive, uma série de torcedores de Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense em solo norte-americano para acompanhar o Mundial de Clubes, que começa no fim de semana em diferentes regiões do país.
Gianni Infantino, presidente da Fifa, minimizou possíveis problemas tanto no torneio deste ano quanto na Copa. Ele abordou que, apesar das políticas de cada país, a "unidade" vai prevalecer.
Cada país tem suas próprias políticas, mas somos pela unidade. Torcedores de todo o mundo irão para os EUA, bem como para o México e o Canadá. Como sempre, antes da Copa do Mundo, muitos tópicos são discutidos, mas quando começar será uma festa Gianni Infantino, ao site da Fifa