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Líder supremo do Irã: Israel preparou para si 'destino amargo e doloroso'

Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, durante uma reunião em Teerã - West Asia News Agency/Reuters
Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, durante uma reunião em Teerã Imagem: West Asia News Agency/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/06/2025 01h36Atualizada em 13/06/2025 08h06

O líder supremo do Irá, aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel preparou um "destino amargo e doloroso para si mesmo" após atacar o país.

O que aconteceu

Aiatolá prometeu vingança. O pronunciamento do líder supremo iraniano ocorreu horas depois de Israel bombardear o Irã. "O regime sionista revelou sua natureza vil e lançou nesta manhã sua mão perversa e sangrenta em um crime contra o Irã. Com este ataque, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo, que certamente receberá", disse Khamenei.

Ataque matou os chefes das Forças Armadas e da Guarda Revolucionária do Irã. As mortes dos generais Mohammad Bagheri e Hossein Salami foram confirmadas pela TV estatal do Irã. A Guarda Revolucionária iraniana, que era liderada por Salami, é o grupo mais poderoso no Exército do país e foi criada depois da Revolução Islâmica de 1979. O Irã também confirmou as mortes dos cientistas nucleares Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi.

Israel disse na madrugada de sexta-feira (horário local) que completou o "ataque inicial" contra o Irã, sem detalhar se fará novas fases. As FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que a operação, nomeada de "Leão em Ascensão", foi contra "dezena de alvos militares" e instalações nucleares relacionados ao programa nuclear do Irã.

"As FDI estão prontas para continuar a agir conforme necessário", disseram. Eles alegam que o Irã teria urânio enriquecido para fazer 15 bombas nucleares em poucos dias e precisaram atuar contra a "ameaça iminente". "Armas de destruição em massa nas mãos do regime iraniano representam uma ameaça existencial a Israel e uma ameaça significativa ao mundo em geral. Israel não permitirá."

"Vamos continuar a atacar o tempo que for necessário" até a conclusão da missão, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele afirmou que Israel está em um "ponto decisivo" em sua história, acrescentando que o objetivo da operação é "atacar a infraestrutura nuclear do Irã, as fábricas de mísseis balísticos do Irã e as capacidades militares do Irã".

O governo de Israel alertou sua população de uma possível represália. "Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, espera-se um ataque de mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil no futuro imediato", disse o ministro da Defesa, Israel Katz.

Katz também disse ter assinado uma "ordem especial" para declarar estado de emergência em todo o país. "Vocês devem obedecer às instruções do Comando da Frente Interna e das autoridades e permanecer nas áreas protegidas", acrescentou.

Israel fechou o espaço aéreo para decolagens e pousos, informou o Ministério dos Transportes. Já o Irã suspendeu todos os voos no seu principal aeroporto, Iman Khomeini, localizado na capital, divulgou a TV estatal iraniana.

Atividades educacionais, aglomerações e idas ao trabalho, exceto em serviços essenciais, também estão proibidas. A determinação foi emitida pelo Comando da Frente Interna das FDI. Tzvika Tessler, do Comando da Frente Interna, disse ao Canal 12 que pode ocorrer um "ataque significativo com mísseis pesados", atingindo qualquer lugar do país, nas próximas horas.

Sirenes foram sendo ouvidas em todo o território israelense, segundo o Times of Israel. Porém, Tessler disse que a intenção do ruído era alertar a população que o país está prestes a entrar em "uma nova situação". Até 21h40, nenhum ataque havia sido lançado contra o país. Netanyahu convocou o seu gabinete de segurança.

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